segunda-feira, 5 de novembro de 2007

*Resenha crítica do filme "Pequena Miss Sunshine"* °Oficina de Leitura e Escrita°

Pequena Miss Sunshine, um filme divertido e dramático ao mesmo tempo, traz a tona as diferenças e dificuldades existentes em uma família, que vão ser superadas pela busca do sonho de uma criança. Passa com alegria e também comoção a necessidade de, em um momento da vida, correr atrás do que se deseja, arriscar, e que nenhum apoio é melhor nessa hora do que o da família.
É um filme gostoso de se ver, que com situações cômicas e até mesmo imprevisíveis da vida cotidiana e uma trilha sonora que ajuda bastante, consegue prender a atenção do espectador do começo ao fim e fazer com que este passe a torcer por um bom desfecho, pelo sucesso das personagens.
Talvez a maneira como terminou não tenha agradado aos acostumados com um final hollywoodiano, onde acontecem coisas geralmente inverossímeis e as personagens principais sempre acabam alcançando o que buscaram durante o desenrolar da história. Muito mais importante que isso, Pequena Miss Sunshine tem um merecido final, que nos faz despertar – ainda que de uma maneira cômica – para a realidade da vida, para a necessidade de a encararmos com coragem e aceitarmos da mesma forma as derrotas e vitórias. É, na verdade, um final feliz, pois mais que a realização de um sonho, consegue-se a união e a integração da família.
Quem tiver oportunidade, não deixe de assistir a esse filme encantador, pois vai ser um dinheiro bem gasto. Confesso que fiquei maravilhada, pois tratando de temas tão comuns – os desentendimentos de uma família e a busca pela realização de um sonho -, essa trama conseguiu despertar em mim um misto de emoções: em alguns momentos eu quis chorar, em outros não consegui conter o riso. Foi inevitável também não me identificar com uma das personagens.
A pequena Olive, muito bem interpretada pela atriz-mirim Abigail Breslin, é simplesmente encantadora. Uma personagem que transmite a pureza e a esperança de uma criança e, em alguns momentos cruciais, atitudes de um adulto. É impossível não se comover com a cena em que ela, sem falar nada, mas com apenas um toque, um gesto, consegue trazer o irmão “de volta à vida”, dar-lhe coragem e o apoio que nem mesmo seus pais, apesar de tentarem, conseguiram dar. Uma cena, assim como muitas outras, bem simples, mas que transmite uma carga emotiva especial para quem realmente se deixar envolver pelo filme.
Então, fica aí a dica de um filme para ser assistido a dois, com os amigos e principalmente com a família.
'Luciane Almeida de Jesus'

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